Mapa

Sou um terreno minado
Uma implosão iminente
Caminho-me, desarmada,
entre hemisférios,
na expectativa de uma passada, 
que me congele as pernas.
O coração a pisar o artefacto explosivo,
Uma voz interior que me grite: 
Para!

E, de cá dentro, eu vejo-te, paciente,
A desenhar o mapa que sou:
"As tuas minas estão aqui
E é assim que as desativas" 

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Preciso de partir

Tantas vezes deixarei de morrer, para que não partas.