Meteorologia de um corpo zangado

Na boca, um céu fechado
Na cabeça, uma nuvem carregada,
Que se precipita pelos olhos
Ao longe, ouve-se a trovoada no coração
muito depois dos relâmpagos que rasgam os lábios
O sangue galga os poros, 
mil caudais excedentes na pele
Das narinas, rajadas de vento
Levantam as mãos e os braços, descontrolados.

Estar como o tempo exige meteorologia.


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Preciso de partir

Tantas vezes deixarei de morrer, para que não partas.