É preciso forçar as raízes contra a cerâmica
Rachar as paredes dos vasos minúsculos
Transladar as expectativas para terra selvagem
É preciso quebrarmo-nos contra a parede
Procurar outro solo maior
Navegar linhas de água ocultas
Sair dos vasos onde nos detemos
Mas não com cuidados maiores
Esvaziá-los contra o cimento pintado
Sujar a parede
Sujar o chão
Empoeirar o ar
É preciso saber que não somos esses mil cacos
Mas sim as raízes despojadas no chão
E que há mais terra,
Outra terra onde esperar.
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